Fruto

Quero que me cubra

Com os tecidos da sua memória.

A luz revela suas sombras

E o vento o seu cabelo.

O frio incomoda seu ego.

Abrir o mar para apenas

Conhecer suas terras -

E inundam desejos:

Suas pernas.

E seu ventre?

Tais frutos e seus seios -

Não a merecem!

E a nívea saia que cobre com orgulho.

Sua origem escondida nas nuvens,

Ordens não naturais se mostram.

Fonte do desejo que é indigno

E os botões não seguram sua malícia.

Nem as flores os seus erros.

Imagina ver a primeira jovem,

A que foi feita pelos céus!

Eva, o fruto proibido,

Foi tentada pelo amor...

E tudo então se foi.

Minha Eva veste verde

E sem calçados dignos.

A saudade em sua maioridade,

Enquanto Outubro se aproxima,

Na medida que minha esperança se afasta.

Os ruídos que acabam

E começam com a voz celestial.

Preces são feitas ao anoitecer do momento.

Eva, permaneça no Paraíso,

Não venha ao imundo mundo do amor.

Mas ela floresceu meus versos!

Ela e a nostalgia.

Minha infância e sua modernidade

Se misturam.

Perdi o passado

E o futuro

Quando a conheci.

Aquela imagem?

Uma mera lembrança.

O cotidiano fede pelo passado.

Seu nome - não importa.

Importa apenas

... ela... meu fruto proibido.

Thiago Lazzari
Enviado por Thiago Lazzari em 23/04/2024
Código do texto: T8048116
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.