Fruto
Quero que me cubra
Com os tecidos da sua memória.
A luz revela suas sombras
E o vento o seu cabelo.
O frio incomoda seu ego.
Abrir o mar para apenas
Conhecer suas terras -
E inundam desejos:
Suas pernas.
E seu ventre?
Tais frutos e seus seios -
Não a merecem!
E a nívea saia que cobre com orgulho.
Sua origem escondida nas nuvens,
Ordens não naturais se mostram.
Fonte do desejo que é indigno
E os botões não seguram sua malícia.
Nem as flores os seus erros.
Imagina ver a primeira jovem,
A que foi feita pelos céus!
Eva, o fruto proibido,
Foi tentada pelo amor...
E tudo então se foi.
Minha Eva veste verde
E sem calçados dignos.
A saudade em sua maioridade,
Enquanto Outubro se aproxima,
Na medida que minha esperança se afasta.
Os ruídos que acabam
E começam com a voz celestial.
Preces são feitas ao anoitecer do momento.
Eva, permaneça no Paraíso,
Não venha ao imundo mundo do amor.
Mas ela floresceu meus versos!
Ela e a nostalgia.
Minha infância e sua modernidade
Se misturam.
Perdi o passado
E o futuro
Quando a conheci.
Aquela imagem?
Uma mera lembrança.
O cotidiano fede pelo passado.
Seu nome - não importa.
Importa apenas
... ela... meu fruto proibido.