DO SÁBADO

DO SÁBADO

Num sábado qualquer, à tarde,

apesar da mente covarde

e sem fazer nenhum alarde,

chega a moça poesia

e, com neutralidade, diz

que o sábado é feliz

mesmo que sendo por um triz...

por capricho da ironia

"essa felicidade mente!"

nega-se o mental, valente;

e num negar que, de repente,

afirma sua covardia

mas, a alma, sempre discreta,

sorrindo para o poeta,

lhe diz do seu jeito, quieta :

"ser feliz é ter alegria"

e, ao ouvir, o coração

se esquece da negação

da velha mente e, então,

sorri tudo que não sorria

pois, enxerga, também, sorriso

no sábado que, sem aviso,

e, talvez, até sem juízo,

simplesmente sorri pro dia.

Torre Três ( R P )

04_05_24

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 04/05/2024
Reeditado em 04/05/2024
Código do texto: T8056219
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