Nódoa
Vejo a vida ensimesmada
Escorrendo pelos degraus de uma escada
De um templo jamais concluído
E minha imagem reflete-se firme na sala dos espelhos tortos
E os dias ganham horas
Meus dedos tateiam o bojo de um seio, mirrando a nódoa
Tragada pela aridez dos meus sonhos
Sou um equilibrista na lâmina da navalha Um espírito incandescente
Vestido por um corpo impotente
Sou a criança acenando em qualquer matéria sobre fome Sou tudo dentro no nada