Nódoa

Vejo a vida ensimesmada

Escorrendo pelos degraus de uma escada

De um templo jamais concluído

E minha imagem reflete-se firme na sala dos espelhos tortos

E os dias ganham horas

Meus dedos tateiam o bojo de um seio, mirrando a nódoa

Tragada pela aridez dos meus sonhos

Sou um equilibrista na lâmina da navalha Um espírito incandescente

Vestido por um corpo impotente

Sou a criança acenando em qualquer matéria sobre fome Sou tudo dentro no nada

Vinícius de Andrade
Enviado por Vinícius de Andrade em 10/05/2024
Código do texto: T8060380
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