Um mistério arrebatador

Sem fim à vista,

levo, em minha essência,

uma chave amarela e alumiada,

com um jade verde e luminoso

no centro de um floreio esmerado e fino.

Quando abro a porta,

contemplo uma estrada de terra amarela,

coberta de pedras lisas, vermelhas e marrons,

as quais arremessam, no ar, os bramidos

de botas de galocha numa marcha sem-fim.

Essa estrada passa por entre duas cercas

e duas carreiras de capim verde

e de árvores de todas as alturas e larguras

— com galhos marrons e cinzas;

folhas verdes, amarelas e marrons;

e flores vermelhas, amarelas, rosas e brancas.

Toda essa maravilha natural e deslumbrante

tremula na passagem fresca do vento

— vento, que leva, para longe,

as folhas amarelas e marrons,

que, quando desprendem do vasto arvoredo,

oscilam ligeiramente

e vão se encontrar no horizonte montanhoso,

de onde emergem raios de luz laranja,

que se estendem pelo azul global do céu plácido.

Danilo Mascarenhas Bittencourt
Enviado por Danilo Mascarenhas Bittencourt em 19/05/2024
Reeditado em 06/06/2024
Código do texto: T8066892
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