Incelença

Agora? ..., a Inês é morta!

Trucidada por ignotas,

visto que não houve admissão de culpa.

Não houve extrema-unção.

Exterminação!

Mais para isso.

Sem padrões morais definíveis,

sem educação ou princípios qualquer,

que se encaixe na padronização dos bons costumes.

Velada pelo opróbio e pela abjeção extrema.

Não houve choro nem vela.

Apenas lamúrias!

Chorumelas!

Outros tempos?

Estariam buscando culpados.

Mas foi avisado!

A “Inês” não tinha sobrevida.

Marcada pra morrer, com dia e hora exatificada,

faltando-lhe apenas..., finar-se!

Pés juntos, “botas batidas”...

Presuntão que falta túmulo,

que falta féretro, que falta acompanhadores...

Até carpideiras.

não há quem queira fazer tal prestamento.

A alma da falecida não haverá de alcançar a salvação!

Ninguém quer pegar na alça do caixão!

Será porquê?!