Monólogo
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Vivo o momento
O de sempre
O de agora.
Vivo onde os sonhos se cruzam
Onde as palavras se encravam
E se encontram em segredo.
Vivo um monólogo sentido
Um patético solilóquio
De aflições debeladas.
Vivo onde viver vale a pena
Onde se revela aos poucos
A noção da verdade.
Vivo, enfim
Em abrasada espera
Desse aconchegante abrigo
Onde eu possa sorrir
Sobre as lágrimas de ontem
E possa conversar
(sem pudor e sem mágoa)
A respeito de tudo
A despeito de nada.