Mãe

A noite para mim não é uma criança

Mas sim uma mãe

Da onde todas as noites eu nasço

De seu ventre cálido

E de olhos fechados

Eu passo pela luz do mundo

Vivendo então na sombra

Eu faço poesias em nome dela

Tecendo palavras doidas

De amor

Tristeza

Melancolia

De paixão

Encantos e desencantos

De desejo e prazer

É nela que o meu sexo aflora

E somente com ela eu sinto o calor da pessoa amada

Copulando até sua morte

E consagrando a sua dor com prazer

E diversão

Tão tenro é o seu toque noturno

E tão frio é o seu toque noturno

Mãe hoje escrevo para você

Anjo Enfermeiro
Enviado por Anjo Enfermeiro em 11/01/2008
Código do texto: T813010