Mãe
A noite para mim não é uma criança
Mas sim uma mãe
Da onde todas as noites eu nasço
De seu ventre cálido
E de olhos fechados
Eu passo pela luz do mundo
Vivendo então na sombra
Eu faço poesias em nome dela
Tecendo palavras doidas
De amor
Tristeza
Melancolia
De paixão
Encantos e desencantos
De desejo e prazer
É nela que o meu sexo aflora
E somente com ela eu sinto o calor da pessoa amada
Copulando até sua morte
E consagrando a sua dor com prazer
E diversão
Tão tenro é o seu toque noturno
E tão frio é o seu toque noturno
Mãe hoje escrevo para você