PODER QUE MATA

PODER QUE MATA

Na vastidão da selva de pedra,

Vive o homem e sua brava luta,

Furtivo e mordaz o rival engendra,

Sua maldita e mortífera labuta.

Cercado de perigosas armadilhas,

Acuado por pressões descomunais,

Queda-se alquebrado às camarilhas,

Despoja-se até de valores morais.

De chicote à mão se apressa,

A mostrar o tipo de homem que é,

O outro o que lhe interessa!

Se o poder o conserva de pé?

O poder lhe dá plena certeza,

A verdade pura com ele está,

Que importa alguma tristeza!

No semelhante, amanhã ou já?

Em relação aos pecados passados,

Quando em incômoda posição,

O poder resolve, estão lavados,

Ao homem e seu chicote à mão.

JOSE BENEDETTI NETTO

jose benedetti netto
Enviado por jose benedetti netto em 18/01/2008
Código do texto: T822434