Rosa funerária

O que deveriam as pobres almas a nós mortais?

Fortunas? Pensões carnais?

Algo intocável, um santuário

Um dia, sentado em uma lápide

“Jaz a infinita verdade”

A arma que fere almas, ignorantes sem razão

Querem possuí-la, mas a negam a todo momento

Não existem mais almas nesse lugar

O vento corre por este quarto

A cada segundo ele deixa seu retrato

O infinito, sentido porém não enxergado

Um amigo para nos assassinar

Um verão quente como gelo

Em chamas transforma o caos em marasmo

Precisamos da desordem, que alimenta nossa mente

Acaba com nossas ilusões, cria mitos

Quero sentir o fogo em meu corpo

Cremando minhas dores

Fazendo-me viver

Transformando minha existência

cappaninni
Enviado por cappaninni em 02/02/2008
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