Caminhos 


Andavam os deuses pela mortalha
na Avenida da Liberdade
pediam ao cidadão
por palavras esquecidas 

Soavam na sineta
da nau catrineta
por caminhos ondulados
perguntavam por casas escabrosas 

Seriam deuses bem vestidos
tresandavam a perfume barato
chateavam o Zé Pagode
pelo prazer da má língua 

Eram todos sonolentos
pelas ruas de Lisboa
chateavam o Pai Natal
Queriam telefonias nos sapatos 

Da besta ao sereno
cavalgavam pelos montes
num escarcéu do camando
para chatearem o ricaço.

pedrovaldoy
Enviado por pedrovaldoy em 10/02/2008
Reeditado em 22/01/2010
Código do texto: T853091