Passos

Observando sempre refletindo sobre a mente, catástrofes de palavras despejadas seguem sem rumo e nexo, atrofiando sentimentos órfãos. Sonhos com sonhos, uma definição, rolos de fita selam nossos lábios.

Abraços que unem os corpos com o mais puro dos desejos secretos, escritos por sussurros em pergaminhos de sentidos. Gemidos, arrepios como os mais puros dos acordes, assim decifram todos os códigos, ouço com os ouvidos de quem quase vê a cor das palavras.

No seu mais alto êxtase o meu frenesi chega ao extremo, expelindo calor em gotas de suor, fritando os corpos atiçando nossa pele e que em cada beijo nasça uma esperança que derreta o gelo que nos atormenta. No fim, desnudo o silêncio do nosso espírito e percebo que erro como pessoa e que tento aprender com os erros, e vejo que somos de carne que morre aos poucos a cada dia. E que nossa pele queime de pecado, ferva de desejo e derreta do mais puro prazer. E que nossa história morra de tanto viver.