AO VENTO

 

A loucura é tão insinuante que os delírios a reverenciam.

Os delírios são tão reais que a verdade se confunde.

A verdade é tão palpável que, às vezes, o toque perde a sensibilidade...

E a sensibilidade a razão.

 

A vida que se recria num novo nascimento

A morte que mostra nossas vaidades e banalidades.

O tesouro mais secreto guardamos dentro de nós

E os becos mais escuros são criados no nosso interior.

 

Sinta o formigamento das mãos e dos pés...

Tente controlar a fraqueza das pernas...

Controle o choro que sai do fundo do seu ser...

Absorva o impacto.

 

A solidão é tão essencial quanto a sede

E muito das vezes, a sede se mostra insaciável.

Por que não me encontro nas profundezas do meu ser?

E o planeta permanece girando enquanto não me organizo.

 

A felicidade, às vezes, é tão subjetiva...

O amor é tão indecifrável...

Os desejos são tão provocantes...

E querer estar tão relativo.

 

Em meio a confusão dos pensamentos,

A vida fornece um novo amanhecer.

E que cada um aprenda a viver neste novo dia

Pois depois deste, haverá outros.

 

BH 05/02/2008