Há Tempos

Tempos que se perdem,

antecedem,

interferem...

Há tempos que não a vejo,

não recebo um telegrama sequer.

Há tempos de espera,

tempos que aglomeram,

ressecam...

Há tempos que não ouço-lhe dizer:

- Estou bem, não te preocupes.

Há tempos de silêncio,

sussurros,

choro com soluços...

Há tempos sem abraços,

tempos solitários,

sorrisos raros.

Há surto nos tempos,

não estando juntos, há lamentos.

Há tempos sem lamento,

e há tempos não os vejo...

Edwin Ataíde
Enviado por Edwin Ataíde em 28/02/2008
Reeditado em 28/02/2008
Código do texto: T878969