VERSOS IMORTAIS

Quero que você morra de dor de amor.

Sem saber que seu bem era o poeta

fazedor destes versos.

Quero que você viva sem sofrer.

E saiba que eu fui só um doutor de almas.

Nunca cobrei consulta.

Só que todos morreram. Não sei se de rir.

Mas morreram. Talvez de velhice precoce.

Ou de burrice anestésica.

Ou de esotérica manha.

Morre-se de fanha.

Morre-se de banha.

Morre-se de qualquer jeito!

Pra quê então ler poemas?