Uma outra (pequena) história do Norte.

Uma outra (pequena) história do Norte.

Sei que é para me matar

Essa seca louca.

Chamando valentes guerreiros

Carregando seus amores

Novos e velhos

Grandes sabedores que são

Nem fogem como uns

Pois ainda há flores

Que só brotam em suas

Sertanias.

E o Sol as fortalece

Como bonitas mutantes guerreiras.

Sem donos secos e amargurados.

Com suas janelas

Do tamanho do Espinhaço

Perigos perigosos previstos

Vaga-lumes reunidos

Lampiões certeiros na mata

Inventando soluções de Deus

Vão com bandeiras e tudo

Dos mesmos, sem novidades

Criando onças pardas

Escassas

Sintam nosso desejo

Satisfeito sem guerrilha

A saudade sentida é da água

Viva

Embora duros valentes

Erguemos

Feijão, Pequi, Tamarindo

Nenhum sangue além dos próprios

Amantes valentes

Guerreiros amantes

Refazendo trilhas

Entradas, bandeiras...

Léguas e sem fim de vista

Cachaças, torresmos

Amigos valentes

E “raparigas do Bonfim”.

catrofe
Enviado por catrofe em 05/03/2008
Código do texto: T888229