ÂNGULOS DO CORAÇÃO
Ângulos do coração
Às vezes sou, e me faço
Tão forte, como uma rocha
Ou talvez um touro
Pareço sempre estar com
Arco e flecha
Apontando a lança sempre
Em busca do novo
Do que contem mudança
Nessa dinâmica em que esta
Inserida a minha genética
Faço-me então um
Guerreiro audaz,
Fortalecido pelas
Vontades de superação...
E os desafios?
A eles, ah! Com eles
Nem me arrepio
Convido-os a sentarem comigo
E, quando eles acharem que estou
Sendo persuadido
Ou por eles sendo conduzido
Deixo-os tontos, cansados, caídos
E vou à busca de novos
A encontrar
A desafiar...
Mas, por vezes
Também sou um garoto
Com cinco anos
Perdido numa clareira
Numa floresta
Sem saber como
Para onde e por que
Seguir
Sem bem saber que caminho tomar...
E, estende o olhar a todas as direções
Mas nada consegue
Encontrar
Então ergue as mãos
Eleva-as ao ar
Pedindo que alguém venha
Tocá-las, pega-las
Para lhe conduzir
Certamente iria sorrir
Mas, apenas o silencio
Cobre o espaço
E calado
Volta a baixá-las
E, no rosto
Uma lagrima
Que desce quieta
Emudece a voz
Meio ao brilho
Dos olhos cor de mel
Enquanto o sol
Mesclam-se ao azul
Compondo o céu...