Quasímodo
Eu, Quasímodo do pescoço torto
levo na carcaça,
meu ser deformado
Carrego em minh'alma
um ente transtornado
de moral aleijada
Minha cacunda não dá sorte
as espinhas não adolescem,
e o ventre inchado, peludo
oleoso, nauseabundo,
assustam
pobres, remediadas e ricas mortais.
Cigana Esmeralda eu larguei,
Branca de Neve me desprezou,
Gata Borralheira anda sumida
Só me restam as putas,
cegas quando enxergam
o mísero vintém
que rola dos meus bolsos
Dólar furado,
Rublo falsificado,
Real sem majestade
Sou um farsante
e não tomo pílula