PERDÃO PERDIDO (13/12/2004 - 06/01/2005)
Perdi meu perdão no peito de um perdiz
Que se foi
Perdão perdido por podres preciosidades
Que já não são
Não pela primeira vez eu pedi
Mas não
Rasgando a raiva que me rói
Em vão.
Sentido sem celebrar
Sinto sem chorar
Cinto sem soltar o que sussurra
No meu peito
Meio sem jeito.
Vou e volto
Ao vértice do vazio
E vejo que não vou verdadeiramente
A volta de onde venho
Mas mesmo assim
Não sei.