Revelação

Hoje à noite o céu me espreitava

Escondida entre as nuvens

A lua a me olhar.

Firmamento escuro, avizinhando as trovoadas da minha terra

Clarões constantes e intermitentes

A chuva gritando que estava bem ali

Naquele lugar além da serra árida.

Ela a me fitar:

Acompanhando, assuntando meus pensamentos.

Estava mesmo escondida e

Não pude evitar a revelação

Da minha ânsia de tornar-me melhor.

E aquele sorriso cor de prata

Quase me leva a ouvir

O farfalhar dos segredos da minha alma.

Hoje vi a lua a me espreitar

Quem será que ordenou?

Fico meditando – foi o meu amigo?

E desejando que houvesse sido o meu amor.

Valéria Britto
Enviado por Valéria Britto em 11/03/2008
Código do texto: T897099
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