Falando com anjos

Meus olhos se abrem no meio da noite e vejo na escuridão as covas de seu sorriso e então eu também sorrio e volto a dormir entre as nuvens. Lá posso ser mais do que normalmente costumo ser e viajo para perto de você com a velocidade de um pulsar do coração.

Na sombra de uma grande árvore você está, a olhar para o infinito céu, e não é intensão minha te tocar, então mando a brisa lhe entregar um beijo caseiro feito com carinho, e fico a te admirar como uma pintura rara feita em um grande momento de inspiração.

E você está falando com anjos, e é inevitável, eu tenho ciúmes deles porque eu também quero ouvir tua voz, mas não chego nem perto de ser como tal criatura.

Então espero aprender a não pensar tanto em você, espero não te desejar mais do que tenho desejado ultimamente.

Volto a minha realidade e me levanto para pegar um copo de leite, e é inevitável, eu olho para a grande cama vazia e imagino o teu corpo ali deitado, uma nova pintura rara pintada em um grande momento de inspiração feita por minha vontade de te ter aqui.

Juliano Rossin
Enviado por Juliano Rossin em 25/03/2008
Reeditado em 28/03/2008
Código do texto: T916179