Os nomes que te dei

Chamei-te Antônio, para protegê-lo,

levei letras a cantos diversos

refiz e apaguei alguns versos

e continuava a amá-lo e a tê-lo

Depois chamei-o Pedro, sendo coesa,

- me negastes por três vezes -

tratou-me como as tuas outras reses

e rasgou-me, crua, sobre a mesa

Depois chamei-o Iscariotes, o Judas,

tal o desapontamento da paga,

vendeu-me as letras e como praga

levou-a a outras como malditas mudas

Hoje não o chamo mais e nem o espero

tornastes um estranho até a ti mesmo

continuas a enganar e a trair a esmo

e de ti, fóra o esquecimento, nada mais quero.

Angelical
Enviado por Angelical em 27/03/2008
Código do texto: T918829
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