Balanço
A vida me fechou.
Colocou-me em balanço.
Um balanço parado - por incrível que pareça.
E não sou eu quem me balanço.
Quem me balança é um vento que vem do norte,
me carrega pro sul, me rodopia no ar.
E eu fico só com a inércia de um movimento involuntário.
Preferia que a vida me estacionasse.
E assim, dentro de mim mesma,
rodopiasse em movimentos elicoidais, paralelos, transversais.