Carne de sarjeta

Lancei mão de tomar partido

Fiquei pasmo, encontrei, mas tão longe

Deu vontade (acontece)

Mas só quando os traços se mexem

E o texto escapou, me constrange

A percepção, átrio aberto

Engrossou as veias na carne

Os constantes jogos de perna

Trouxe à mente alguns passos libertos

Que viraram alguns passos lagartos

O louco fez, se deu e riu

Mostrou na cara um desfoque

Tanto pretendeu chocar, não prestou

Fez um símbolo religioso e foi pro batente

Mulher quis demais, segundo diz

Quis mexer nos detalhes perfeitos

Se demente ao lidar com pressão

Pois tentou ser aquela de todos

E negou aquele de todas

Faz decalque quando diz não quer

Da mulher um espaço ocupado

Só sobraram uns dejetos e a carne

Michell Niero
Enviado por Michell Niero em 01/04/2008
Código do texto: T925741