Detalhe que sangra
Trago comigo um negócio que inflama
Sentado, preciso olhar os que andam
Sentir rasgar, seco e frio
Fazer de um cisco algo pior
Sangrei ao pedir alívio
Pedi curativo
Sangrou tanto que me perdi na tontura
A sensação é a de um sopro cardíaco
Ao mesmo tempo meu pulso responde
A novidade é que os ossos da face
Fazem sobras nos vales, relevos
São pedidos, estragos, realces
Corredeiras, para quem espera um percurso
Um detalhe interessante se espalha
Passa transluzindo a cortina
Sou prático, perene, reclamo
Na prática, sou dono sem posses
E a chama que sobe, um detalhe
Um detalhe