Menina Perdida
Menina, que foi feito do seu sorriso?
Que fizeram da sua ingenuidade?
Mãe que ainda brinca com bonecas
Perdida nos becos escuros da cidade
Qual mariposa - efêmera vida
Segue a luz e o brilho das calçadas
Rodopia de mão em mão - covardes
Troca seu corpo pelo prazer de um dia
E quando despertar, talvez quem sabe
Verá corpo e alma - trapos miseráveis
Terá apenas a solidão por companhia
Pois seus frutos escoaram pelas valas.
E em frente ao espelho - imagem sem vida:
Nem menina, nem mulher - alma penada!