Meu Estro

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As horas me fogem

E tecem à minha volta

A dança da vida

A insônia do tempo

    que me escorre por entre os dedos .

Sinto-me inerte

    algumas vezes

Insegura

    Outras tantas

Mas restam-me os sonhos

    E as vontades

ficam-me as luzes

    e os sons do meu estro.

É aí que me espraio

    em todos os confins

        do meu ser.