Ao mundo
Pedras jogadas ao acaso
Numa rua de ladrilhos
Pequenas pontes construídas
Sobre rios destruídos
Torres de energia
Num campo antes deserto
Praias surgindo ao longe
Num mar à ser descoberto
Tantas coisas que nos precedem
Tantas que vamos descobrir
São tantas que estudamos
E tão poucas que fazemos surgir
São tantos julgamentos
Para tão poucos réus
São incontáveis culpados
Para nenhuma punição
Tantas mentiras
Nenhuma verdade
Não é nenhuma surpresa
Que escolhas a vaidade
São tantos passos errados
Para poucos caminhos certos
São tantas mãos estendidas
E só uma a se escolher
São tantas nuvens no céu
Tantas estrelas brilhando
São tantas vozes sob o véu
Tantos sonhos acabando
São tantas pessos chorando
Pra só um Ser ouvir
São tantos os que estão tentando
Apenas nesse mundo existir
São tantos os que vemos
Perecer ou desitir
São tantos os que nunca
Tiveram chance de sorrir
São tantas idéias perdidas
Para uma vida construir.