Baianidade
Não nego e não me engano.
Um orgulho transfigurado
Na clareza de um contexto
Que não precisa ser dito,
Tão pouco descrito
Apenas vivido, presenciado.
Não nego e não me engano
Sou da Bahia, sou baiano.
Essa minha baianidade
Confessada com felicidade,
Faz de mim esse pobre sonhador.
Sou branco, negro, mulato.
Emaranhado e mistificado
Em uma única cor.
Na terra de todos os santos,
O meu Brasil aqui será sempre bem vindo.
Provar os costumes, danças e rezas.
Que por tradição preza
E recebe o povo sorrindo.
Essa alegria que emana da minha gente
Não tem preço, não tem valor.
É o espírito desse povo
Que pela humildade se comunica
Na linguagem do amor.