O CORPO DA DIVA

O fogo na suas beiradas,

- ar no hálito, soprando, assobiando –

Águas nas descidas

Podendo ser de sofro ou euforia;

A terra, a carne macia,

- o resto –

O demais é circunferência,

Nua, - balançando –

Seus seios na cama,

De capa – suas pernas na praça,

- na feira do livro –

A alma sonha indecente,

Incandescente quando as palavras afloram;

Escrita, falada, ouvida,

Sentida e desvestida – d preferência –

Ela redonda – seu circulo –

Adaptando-se – adequando-se

Nas misturas imaginativas.

Fértil, parindo suas filhas,

As meninas, as dos encontros,

Dos contos, às escondidas.

Espero q chegues a qualquer momento

Com toda sua lua,

Sensível, irritada ou agressiva...

Depois aquietas a lamparina,

Enternecendo-se nos abraços,

Devorando o cansaço

Antes afiada no prato,

-suculenta-

Salientes e vermelhas

Suas pétalas afloram

Nas assas do seu ardor

Literata mia

langelle
Enviado por langelle em 12/04/2008
Reeditado em 12/04/2008
Código do texto: T942922
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