Osbscuridade humana.

Obscura e fugaz- não posso ser estrelar,

pois não guardo comigo o brilho de anos-luz além de mim.

Sou poetisa-escuridão, ancestralidade à flor da pele;

sou o que não teve começo, mas terá um fim.

Não sou terra, nem o misterioso mar,

sou humanidade, na forma mais vulgar e inconstante...

talvez intensidade, doçura, rancores, ternura que alisa e fere;

mas apenas um corpo como tantos, de carne e sangue pulsante...

Humana sem atrativo, sem destino, sem razão...

...como caber nessa humanidade fútil e indiferente?

Ardo como brasa, me entrego na minha fogueira de parca vaidade;

vivo e morro em nome do que acredito verdadeiramente...

Sou carne e vísceras; que, um dia apodrecerão;

Sou sangue, que um dia parará de circular em meu interior...

Mas também sou idéia negra, sou identidade obscura pela cidade...

...e isso, com certeza, será o sinal da minha existência e do meu fervor...

Thaís Soledade
Enviado por Thaís Soledade em 14/04/2008
Reeditado em 14/08/2008
Código do texto: T945488
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