Aos 18

Sob as torturas

do mundo esquecido

visão ampla

colorido, sofrido, amigo, tempo perdido

mas nada se perdeu.

Volto para o espelho

me vejo, versejo, engrandeço

todo canto

Revolto

Meu espelho

Mais maduro como fruto sazonado

Pronto a cair na vida

Pronto a ver a liberdade

Só ver...

Encostar que é bom.

NADA!

Eu ainda vejo o espelho

mais mulher

sem muleta na travessia

mais mulher

Do próximo encontro

mais crescida.

E eu ainda sei brincar.