AOS POUCOS...E SEM DOR

Aos poucos o tempo vai ficando cada vez mais curto...

Aos poucos o movimento se torna mais lento e difícil...

Aos poucos as recordações se tornam vivas e presentes...

Aos poucos o bater do coração é mais doído e absurdo...

Aos poucos aquela cor da rosa se tornou mais viva...

Aos poucos a visão de colibris é mais constante...

Aos poucos o sol da manhã parece muito claro e quente

Aos poucos a chuva é alegria e segue adiante...

Aos poucos o dia passa depressa e não sobra tempo...

Aos poucos o sono é mais curto e sobra noite...

Aos poucos o som noturno é como um lamento...

Aos poucos a vida passa e já conto a idade...

Aos poucos me desapego e livre já me solto...

Aos poucos...

...Daqui a pouco serei apenas uma saudade!

Rachel

22/04/2008

Rachel dos Santos Dias
Enviado por Rachel dos Santos Dias em 22/04/2008
Reeditado em 23/04/2008
Código do texto: T957665