CÂNTICO À NOITE

Noite sombria e taciturna

que sobre meus ombros pesarosos

deita teu véu sem estrelas

E no silêncio melancólico

de um coração em dissonância

faz do tempo teu aliado

nessa trama do destino

faz-me adormecer afinal!

Faz do teu véu minha cama

do teu silêncio meu acalanto

e das horas, que te servem

a cadência do meu sono!

Aquieta minha alma, oh noite!

Deixa-me sonhar com os zelos

dos teus poetas apaixonados

deixa-me quedar nos enleios

dos longos braços decantados

nas poesias...emaranhados

nos corpos entrelaçados

aos teus pés, oh noite!

Deixa-me amanhecer afinal!

Sentindo no corpo um sopro de vida!

tendo na boca, um sabor de pecado

a mistura do doce e o amargo

deixa-me quedar ao Sol

em seus raios cicatrizar as feridas

e ser novamente estrela no teu arrebol!

Monica San
Enviado por Monica San em 27/04/2008
Código do texto: T963772
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