Liberdade sem expressão.

Gosto de estar preso quando assim me convém,

Às vezes a escolha mais sensata é a menos atraente,

Muitas vezes ao acordar a sensação de um novo dia é pesada,

Dói o corpo, e a cama é a melhor resposta para o resto do dia,

Como um protesto autopunitivo o corpo inerte e dolorido sobre o seio acolhedor de uma depressão em forma de leito,

Minha prisão particular, meu desejo de liberdade, uma liberdade que me permite estar preso, uma prisão perpetua, fico preso para todo sempre ao meu gênio,

Dizem que sou jovem e posso mudar, digo que sou jovem e não devo mudar,

Apesar de tudo, gosto de acordar, deprimido ou não,

Ás vezes uma sensação de nascimento toma conta de mim,

E eu sei que posso renascer quando quiser,

Todos os dias e todas as noites, sou o que sou, porque gosto de ser assim,

Não sei o que posso e nem até quando,

Não sei para onde vou,

Mas sei de onde vim, e sei que já cheguei longe,

Tenho a liberdade de estar preso.

Leo Magno Mauricio
Enviado por Leo Magno Mauricio em 27/04/2008
Código do texto: T963926