Mentiras
Palavras, minhas palavras mudas,
Fábulas desnudas, confusão de meia idade...
São histórias loucas, tão absurdas,
Horas são mentiras, outras são verdades...
É um mantra, que por vezes desdenho,
No meu universo sem traços ou cor...
Das incertezas que eu sei que tenho,
Entre paralelos e lágrimas de dor...
Quero ser hipócrita ou poeta?
Não acredito que só exista amor!
Na poesia em que a palavra se completa,
Eu morri de frio, em meio ao calor...
Porque não encontrei nenhum sentido,
Não encontrei a trama de nossa história!
Não entendi o embargo ao qual fora submetido,
Desse lapso solto em minha memória...
Quiçá eu encontre a fuga no tempo farrapo,
Que se espalha em minutos na vastidão!
E que em sua história eu seja príncipe ou sapo,
Na mentira ou verdade, do seu sim ou não...