Mentiras

Palavras, minhas palavras mudas,

Fábulas desnudas, confusão de meia idade...

São histórias loucas, tão absurdas,

Horas são mentiras, outras são verdades...

É um mantra, que por vezes desdenho,

No meu universo sem traços ou cor...

Das incertezas que eu sei que tenho,

Entre paralelos e lágrimas de dor...

Quero ser hipócrita ou poeta?

Não acredito que só exista amor!

Na poesia em que a palavra se completa,

Eu morri de frio, em meio ao calor...

Porque não encontrei nenhum sentido,

Não encontrei a trama de nossa história!

Não entendi o embargo ao qual fora submetido,

Desse lapso solto em minha memória...

Quiçá eu encontre a fuga no tempo farrapo,

Que se espalha em minutos na vastidão!

E que em sua história eu seja príncipe ou sapo,

Na mentira ou verdade, do seu sim ou não...

Anjos ou Demônios
Enviado por Anjos ou Demônios em 13/01/2006
Código do texto: T98281