O trovador pecou...

Eu amei, sem ter amado,

porque eu já tinha o amor...

Eu dei-me, sem me ter dado;

Por isso recolhi dor...

Foi apenas fantasia,

que senti nessa mulher;

Porque sem ver eu fazia,

dela só ... uma qualquer.

Foi feliz o meu destino,

nesse dia que acabou...

Pois o meu amor divino,

até isso ... perdoou.

Foi destino e meu fado,

pecado que cometi;

eu nunca tive a seu lado,

porque outro amor vivi.

A mulher que sempre amei,

foi meu amor e carinho...

Ela sabe que eu pequei,

mas não me deixa sozinho.

Os meus olhos eu cerrei,

quando fiz amor com ela;

Esse prazer que encontrei,

era da outra ... e não dela.

Foi objecto de prazer,

embora isso me doa...

É mulher para esquecer,

que um dia esteve em Lisboa.

Porque o amor verdadeiro,

canta-me a melodia...

Para ela sou o primeiro,

o homem que ela queria.

Ela ama o trovador

e o homem, que nele existe;

Sabe ele ser um pecador,

que peca ... e fica triste.

Mas é lindo o nosso amor,

porque existe na verdade...

Vamos pois, esquecer a dor

... rumo à FELICIDADE.

António Zumaia

António Zumaia
Enviado por António Zumaia em 14/01/2006
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