O Druida

O Druida

Sob a terra que amas

As raizes encravadas o prendem

Há lar, há vontade,

Mas ainda assim não há tempo.

Somente os animais são tua companhia

Somente as plantas abrigam teus segredos,

Sobre o verde de teus olhos

Um mar bravio e introspectivo...

Uma chuva cái serena do céu

Uma chuva cai desamparada do olhar,

Aquele fundo vitreo indeciso

De quem não sabe por que lutar.

Na Tranquila briza que arde

Os gestos sutis que encantam

As tais ditas bestas anciães...

Um sussurro lascivo em plena tarde.

Não há solidão que tamanho silêncio expresse

Não existe fé que levante tal prece,

Este apelo solitário e verdejante

O anseio de paz do druida suspirante;

Porém peço-te Druida,

Não deixai tua sabedoria envelhecer tua mente

Não deixai teus temores endurecer-te o coração,

Não deixai tua vida sem rédeas ao fim como direção.

* Poema dedicado à Arthur Colloni, sempre amigo e ilustre desenhista.

"Uma vez o lobo disse ao druida: Nunca desista".

"Uma vez o lobo disse ao druida: Eu nunca vou desistir".

R Duccini
Enviado por R Duccini em 13/05/2008
Reeditado em 15/05/2008
Código do texto: T988201
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