*A voz do tempo**
Assim marco o meu Tempo
Sem lhe dar um lado certo
O lado em que me invento
Deixo o outro a descoberto.
O vestido do meu medo
Guardo para a vida um retalho
Na história de um segredo
Da Rainha e seu borralho.
Foi... e não se revela
Caminha sem voz a passar...
Calada me vejo...É ela
Que não me pode falar.
De mim sou a estrangeira
Meu eu no tempo puído
Feita dele a prisioneira
A procura de sentido...
E lá se foi uma aurora
Da que me esqueço tão pouco
Menos do Amor de outrora
A me chamar como um louco!
Canoas, 19 de maio de 2008/RS