Regresso da NAU

Nau já tristemente desarmada,

não serás mais, por todos sonhada;

Perdeste a graça da quilha à proa,

na bela cidade de Lisboa.

A terra de naus e marinheiros,

belos fados, dias soalheiros.

Quem te desfrutou… e te largou,

foi triste fado, que te cantou.

Sonha a liberdade a toda a brida,

não queiras ser a nau esquecida.

Navega na tua poesia,

faz dela a suave maresia.

Não lutes nas ondas da maldade,

faz rumo apenas à verdade.

Cria no sonho a tua vida,

serenamente serás querida.

Iça em ti a bandeira da paz,

mostra humildade em tudo que dás.

Ruma ao sonho em bela viagem,

mostra ao mar a tua coragem.

António Zumaia
Enviado por António Zumaia em 19/05/2008
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