FRIO N'ALMA
Ah! Frio ingrato, cruel, torpe!
Gela a alma, enrijece o corpo...mórbido!
Morto. Feito cadáver em pedra fria.
Ah! Maldita agonia!
Alma arrefecida pela falta de vida!
Cá dentro, em leito aquecido, o frio atormenta!
Lá fora, em plena tormenta...o corpo aguenta
ou não...o frio da vida!
Alma arrefecida pela própria existência!
Ah! Frio ingrato, cruel, torpe!
Gera em mim essa dor sem fim!
Dedos rijos, pele gélida, desalma...
Faz doer a calma...adoecer a mente
Inconsistente...ai de mim!
Ah! Frio ingrato, cruel, torpe!
Tem piedade das almas em pranto
dos fracos ossos que ao léu tu lambes
dos olhos míseros, dos pés incautos
do corpo exangue
da carne gélida...álgida!
Ah! Frio ingrato, cruel, torpe!
Afasta-te da alma, ameniza o corpo!
Ah Frio!
Ingrato!
Cruel!
Torpe!