FRIO N'ALMA

Ah! Frio ingrato, cruel, torpe!

Gela a alma, enrijece o corpo...mórbido!

Morto. Feito cadáver em pedra fria.

Ah! Maldita agonia!

Alma arrefecida pela falta de vida!

Cá dentro, em leito aquecido, o frio atormenta!

Lá fora, em plena tormenta...o corpo aguenta

ou não...o frio da vida!

Alma arrefecida pela própria existência!

Ah! Frio ingrato, cruel, torpe!

Gera em mim essa dor sem fim!

Dedos rijos, pele gélida, desalma...

Faz doer a calma...adoecer a mente

Inconsistente...ai de mim!

Ah! Frio ingrato, cruel, torpe!

Tem piedade das almas em pranto

dos fracos ossos que ao léu tu lambes

dos olhos míseros, dos pés incautos

do corpo exangue

da carne gélida...álgida!

Ah! Frio ingrato, cruel, torpe!

Afasta-te da alma, ameniza o corpo!

Ah Frio!

Ingrato!

Cruel!

Torpe!

Monica San
Enviado por Monica San em 26/06/2008
Código do texto: T1051681
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