Inquietude

Tenho meu coração na palma das mãos

Vejo a beleza e o caos do mundo em fração de segundos

Tem meus olhos o nome: - inquietude!

O vento me toca em silêncio

Na loucura da minha ingenuidade,

desloco as mãos

no anseio de tocá-lo também

Ás vezes choro

E não porque sou triste

Meus lábios é que sentem-se

sedentos

Embriago-me em delirios

Tenho sede, e o que bebo, não saceia, vagueia…

Há em mim uma majestosa sinfonia do ser

Que ás vezes, machuca, por tanto absorver

Incomum, dou meus passos

como alguém que mais parece

deslocar-se rumo a colher

as flores do campo

Minhas noites são sobre sedas branca de cetim

assopro nomes aos ventos e,

meu olhar se dispersa pelo céu

como vagalumes perambulando pela noite

Eu ouço uma batida lenta

As cigarras cantam á noite

ao som da minha respiração

Há uma lua que brilha e é tão clara que faz sombras no chão

Deixe-me dançar, deixe-me cantar

Toca minha face com tuas mãos

dedilha como o músico faz com o instrumento

suspira sedento, a melodia

Ouça o som da minha voz

dança comigo sem medo

suga o inefável

faz sair de mim, essa inquietante sinfonia!

Lúthien tinúviel
Enviado por Lúthien tinúviel em 25/07/2008
Código do texto: T1097932
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