Bicho do Mato

Eu não preciso

De gravata e nem terno de linho

Vivo feito passarinho

Sem asas

Querendo voar...

De que me adianta

O convívio fútil com a vaidade

Se eu morro em cada cidade

Feito casa

Suspenso no ar...

E como acostumar-me ao convívio

De quem sente o alivio

De não ter que suportar

A dor errante que trago no peito

Feita do pó do despeito

Que eu vejo em todo olhar

É...Mas eu tenho

Quem se despe pra mim e me atrai

E me tira o pó e me distrai

Na ânsia de me aquietar..

Ah! Ela sabe que eu sou matuto

Sabe que sou bicho do mato

Que reluto, pelejo e labuto

Mas ela sabe que eu sou bicho do mato

petronio paes frança
Enviado por petronio paes frança em 08/11/2008
Reeditado em 03/09/2009
Código do texto: T1272818