Chão de giz.

Meus passos calcados,

nessas finas camadas

Como algemas enfileiradas,

Escravo do tempo,

Imperio de um sonho,

Senhor de ninguém,

Ando a esmo,

seguindo a mim mesmo,

descortinando a loucura,

a eterna clausura.

Meus valores sem quilates,

paralelos meus disparates.

Em delirio mudo o passo,

O giz me denuncia,

Uma denuncia vazia,

Não estive aqui,

Apenas me fiz ,

e me desfiz,

O giz me denuncia,

e insiste me delatar,

Me desmaterializo,

mas o peso dos meus ombros,

Me faz um ser e não um sonho.

E o giz.........