Ventania...

E surge assim como brisa que arrepia

Entre as vestes que recuam moldando

Enquanto o próprio corpo evidencia...

E passa volvendo coisas no caminho..

Fazendo com que retornem descrentes

O que antes era junto, está sozinho.

E na dança em um ritmo esvoaçante...

Quase pode-se ouvir o ruído que acende

Mesmo com todo silêncio do instante.

Nas folhas que ruboriza e movimenta....

Nas velas de um barco no horizonte...

Nos cabelos da menina desatenta...

E percorre tão veloz que nem se vê

No seio da natureza que respira...

A soluçar o que se foi e o que prevê.

Trazendo boas novas, maus sinais

Efêmeras passagens sem destino...

Lembranças do que não volta mais.

Noemi Prates
Enviado por Noemi Prates em 16/01/2009
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