Ventania...
E surge assim como brisa que arrepia
Entre as vestes que recuam moldando
Enquanto o próprio corpo evidencia...
E passa volvendo coisas no caminho..
Fazendo com que retornem descrentes
O que antes era junto, está sozinho.
E na dança em um ritmo esvoaçante...
Quase pode-se ouvir o ruído que acende
Mesmo com todo silêncio do instante.
Nas folhas que ruboriza e movimenta....
Nas velas de um barco no horizonte...
Nos cabelos da menina desatenta...
E percorre tão veloz que nem se vê
No seio da natureza que respira...
A soluçar o que se foi e o que prevê.
Trazendo boas novas, maus sinais
Efêmeras passagens sem destino...
Lembranças do que não volta mais.