N U V E N S
Esparsas as nuvens me convidam
A um banquete de luzes
Que do alto, sem aviso,
Refletem as cores e os sorrisos.
Elas são belas, imensas,
Como beldades da natureza
A colorir o céu azul
Com pinceladas extasiantes.
Vêm e vão em ritmo audaz,
Por vezes contundente, poderoso,
A esboçar cheias de euforia
A plenitude e a graça na ventania.
Crescem e se dissipam entusiasmadas,
Em dias de sol, em dias sombrios,
Investindo contra as alturas,
Outras vezes contra os rochedos.
As nuvens são como tufos de algodão
Encobrindo o céu com suas formas.
Embelezam os contornos do dia,
Se dirigem afoitas no início da noite.
Como pensamentos alucinantes,
Se deliciam ao som da alegria,
Vivem se remodelando e renovando
Seus traços repletos de calmaria.
São Paulo, 13 de julho de 2009.