Funebre Reliquia
A turva existência consiste em apenas pertencer-te
Nunca em outra época saberei se é verdades os lagos
Silêncioso, temerosos, sombrios. Apenas lagos sem vidas.
Onde nossas vidas se banharam ao sangue do langor.
Costura minh'alma a foiçes de certezas e nuvens limpas
Delimita, intensifica, encrua em você minha pouca vida
Para que nela eu possa inspirar a poeria do passado
Nosso, um dia vivido, apenas nosso, no coração gélido
Inflitra nas veias em pó que desenham meu olhar em você
Mais me apresenta a má sorte, antes do amanhecer
Assim, saberei que meus amigos me serão balsamos
Em noites de calor intenso de saudade da tua existência
Dilacera a pouca lembrança, que ainda persiste em mim
Pois num tarde de chuva torrencial eu possa despertar
Desperdiçando a lágrimas de humanidade que ainda restam
Na minha doce e sentida vida, que resolvi dedicar a vós.