Funebre Reliquia

A turva existência consiste em apenas pertencer-te

Nunca em outra época saberei se é verdades os lagos

Silêncioso, temerosos, sombrios. Apenas lagos sem vidas.

Onde nossas vidas se banharam ao sangue do langor.

Costura minh'alma a foiçes de certezas e nuvens limpas

Delimita, intensifica, encrua em você minha pouca vida

Para que nela eu possa inspirar a poeria do passado

Nosso, um dia vivido, apenas nosso, no coração gélido

Inflitra nas veias em pó que desenham meu olhar em você

Mais me apresenta a má sorte, antes do amanhecer

Assim, saberei que meus amigos me serão balsamos

Em noites de calor intenso de saudade da tua existência

Dilacera a pouca lembrança, que ainda persiste em mim

Pois num tarde de chuva torrencial eu possa despertar

Desperdiçando a lágrimas de humanidade que ainda restam

Na minha doce e sentida vida, que resolvi dedicar a vós.

Samara Lopes
Enviado por Samara Lopes em 24/07/2009
Código do texto: T1717754
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