O DESAGRAVO DA LUA

pág. 62 Livro Doce Melodia

Itambé

( era uma vez, num feriado de sete de setembro,
em companhia dos amigos Maria José, Clésio e filhas)



o sol poente
na beira do rio
quem já viu,
quem já sentiu?

Sobre a canoa,
de costas pro sol
seguimos felizes
olhando os matizes...

Na atmosfera: ternura,
algo solto no ar,
um gosto de aventura,
como se houvesse mar!

E as garças velozes,
ultrapassam depressa,
Escutamos as vozes,
de toda a floresta...

É tudo tão lindo,
tão embriagador...
E assim vamos indo
a toda o motor...

Essas águas são parte
de um belo rio...
Represadas com arte,
redobram seu fio!

Nunca vi tal volume
de água potável,
E até um cardume
tão grande, notável...

De repente a lua
resolve se revelar,
e assim toda nua
faz o sol rebrilhar!

A imagem tão linda,
quer a hóstia lembrar.
Que pureza infinda,
a natureza exemplar!

As garças branquinhas
vão se reunindo,
Pousando, certinhas,
e a árvore? Sorrindo!

Vou então calculando,
depressa: Duas mil!
A cena encantando,
que belo perfil!

Fazemos a volta,
Para nosso cantinho.
A lua é escolta,
no mesmo caminho!

O sol já se pôs,
e a lua de prata,
reflete o brilho
que ele retrata!

Adria Comparini
Enviado por Adria Comparini em 06/08/2009
Reeditado em 18/02/2013
Código do texto: T1740478
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