Flor-do-prado
O dia que nasce detrás dos montes
incendeia o âmago adormecido
das flores silenciosas do prado.
A noite que semeou tantas mortes
deixa feliz este canto esquecido
sem deixar marcas do seu passado.
Este sol um nome tem
nos seus braços, sou refém.
Se as mãos nos damos,
o mundo inteiro abraçamos,
como se fosse um só.
Não temo mais o futuro,
Nem sorrio mais inseguro,
Nem minto, nem juro.
Calado, digo teu nome
Alice,
a flor-do-prado.