POESIA NA VARANDA

POESIA NA VARANDA

Minha varanda é berçário

de sonhos, formas e cores,

do canto de passarinhos,

e de diversos olores

que embalo numa rede

tecida só de poesia,

na brisa amena da tarde

colho verso e alegria.

A metáfora vem só:

caprichosa escultura,

e na elipse do verbo

transforma-se em figura

de uma linguagem sutil

qual a cor do entardecer:

quando se olha é azul

e logo outra cor vai ser.

E assim me perco e me acho

no delírio do poema,

entrego-me aos seus caprichos:

sou só um bico de pena.

Basilina Pereira

Basilina Divina Pereira
Enviado por Basilina Divina Pereira em 09/01/2010
Código do texto: T2019130