Lamento do céu
De negro se corrompeu
o céu que agora chorou.
Nas lágrimas descendo ao rio,
a chuva quebra o silêncio.
As gotas grotescas lamentam
nos canteiros vestidos de jasmins.
Trajetória de raios,
trovões que gritam no espaço.
Uma invasão de sons
rompe a monotonia da tarde.
A janela aguarda calada
a torrente de água prostrada.
São Paulo, 25 de março de 2010.