Lamento do céu

De negro se corrompeu

o céu que agora chorou.

Nas lágrimas descendo ao rio,

a chuva quebra o silêncio.

As gotas grotescas lamentam

nos canteiros vestidos de jasmins.

Trajetória de raios,

trovões que gritam no espaço.

Uma invasão de sons

rompe a monotonia da tarde.

A janela aguarda calada

a torrente de água prostrada.

São Paulo, 25 de março de 2010.

Marcela de Baumont
Enviado por Marcela de Baumont em 25/03/2010
Código do texto: T2158790
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